Poetas e Poesias

               Antologia Poética

               Vinícius de Morais

          

   Ano passado, perambulando pela biblioteca da escola, me deparei com o livro Antologia Poética de Vinícius de Morais. Amante dos versos e aprendiz, decidi levá-lo e conhecê-lo, já que  ouvira falar desta espetacular obra. A  antologia é composta em partes, que seriam as fases de sua obra. A primeira parte é mística e religiosa,onde expressa-se a preocupação sobre equívocos carnais. A segunda, numa fase de transição,  o poeta demonstra mais liberalidade, convívio com o amor e a sociedade: “É o crescimento pessoal e poético,’’ e a terceira, repleta de temas como a valoração do trabalho humano e os preconceitos.
  

“Na poesia, uma palavra é o universo inteiro’’ sendo necessária uma devida atenção e olhar preciso aos poemas, recomendo que a leitura tem de ser leve,onde é preciso  perceber seu ritmo, desvendá-la aos poucos.   Hoje, a obra é incluída na lista de livros exigidos em vestibular.
                                                        
                                            

     Selecionei alguns poemas, confira:




Purificação   

Eu, Senhor, pobre massa sem seiva
Eu caminhei
Nem senti a derrota tremenda
Do que era mau em mim.
A luz cresceu, cresceu interiormente
E toda me envolveu.
A ti, Senhor, gritei que estava puro
E na natureza ouvi a tua voz.
Pássaros cantaram no céu
Eu olhei para o céu e cantei e cantei.
Senti a alegria da vida
Que vivia nas flores pequenas
Senti a beleza da vida
Que morava na luz e morava no céu
E cantei e cantei.
A minha voz subirá até ti, Senhor
E tu me deste a paz
Eu te peço, Senhor
Guarda meu coração no teu coração
Que ele é puro e simples
Guarda a minha alma na tua alma
Que ela é bela, Senhor.
Guarda o meu espírito no teu espírito
Porque ele é minha luz
E porque só a ti ele exalta e ama.




 Inconsoláveis
Desesperados vamos pelos caminhos desertos
Sem lágrimas nos olhos
Desesperados buscamos constelações no céu enorme
E em tudo, a escuridão.
Quem nos levará à claridade
Quem nos arrancará da visão a treva imóvel
E falará da aurora prometida?
Procuramos em vão na multidão que segue
Um olhar que encoraje nosso olhar
Mas todos procuramos olhos esperançosos
E ninguém os encontra.
(...)

 Operário em construção                                          
Era Ele que erguia casas                                                                     
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
      (...)
                                                     
                                                               Vinícius de Morais, o poetinha
                                                  




Por Tuane Moura

Citando


Memórias de Um Sargento de Milícias
Manuel Antônio de Almeida




''Quando temos apenas 18 a 20 anos sobre os ombros, o que é um peso ainda muito leve, desprezamos o passado, rimo-nos do presente, entregamo-nos descuidados a essa confiança cega no dia de amanhã, que é o melhor apanágio da mocidade.''


'' Em certos corações o amor é assim, tudo quanto tem de ternos, de delicado, de fiel, desaparece depois de certas provas, e transforma-se num incurável ódio.''


''Dizem todos, e os poetas juram e tresjuram, que o verdadeiro amor é o primeiro; temos estudado a matéria, e acreditamos hoje que não há que fiar em poetas: chegamos por nossas investigações à conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último. O último é que é o verdadeiro, porque é o único que não muda. As leitoras que não concordarem com esta doutrina convençam-me do contrário, se são disso capazes. "



"Não há nada que mais sirva para fazer nascer e firmar a amizade, e mesmo a intimidade, do que seja o riso e as lágrimas: aqueles que se riram e principalmente aqueles que uma vez choraram juntos, têm muita facilidade em fazerem-se amigos."


''Não são de zelos os meus queixumes
nem de ciúmes abrasados
são das saudades que me atormentam
na dura ausência de meu amor.''


Por Tuane Moura

                                              

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